Kaos Urbano 08.08.08

A exposição Kaos Urbano 08.08.08, de Francisco Zorzete, apresenta trabalhos bi dimensionais (acrílico sobre tela) e tri dimensionais (chapas de ferro soldadas e pintadas), tendo como proposta "retratar" a paisagem urbana - com sua dinâmica, sua velocidade, suas cores e sua loucura.

Kaos Urbano
08.08.08
Artista: Francisco Zorzete
Vernissage: 08/08/08, às 8h da noite
Exposição: 08 a 22 de agosto
Galeria: Jo Slaviero & Guedes
Endereço: Al. Gabriel Monteiro da Silva, 2074, Jd. Paulistano
Contatos: (11) 3326-2700, 3061-9856
Site: www.zorzete080808.blogspot.com
Trilha Sonora: Comando S Áudio

Agradecimentos:
Cicero de Souza Tavares
Daniel de Pupo Sales
Katia Kreutz
Olívio Guedes
Paula Z0rzete
Paulo Sayeg
Perla Larsen

Francisco Zorzete: Artista de realizações urbanas.
Seu tratar da Urbs fez com que tenha um carinho especial pelos edifícios, portanto simbolicamente, pelo edificar da própria vida. Sua profissão de “restaurador” fez deste artista uma pessoa preocupada com o cenário das intempéries e da temporalidade.
Dentro deste movimento, absorveu de fontes originais o néctar chamado “Construtivismo”, onde despertou para este estilo, criando assim suas próprias bases. Com mais encontros, dentro da busca pelo conhecimento,alinhavou suas obras, obras como pintor e tridimensionalista, aos artistas de realizações concretas, ou seja, os “Concretistas”, como não poderia deixar de ser.
Nesta sua exposição “Kaos Urbano 08.08.08”, Zorzete reflete e reabilita toda uma experiência de construção e de desconstrução de saberes na questão social de nossa e de outras Urbs. Sua técnica de acrílico sobre tela comunga com o próprio e real movimento crescente de nossa cidade; onde, declara e realiza em seus trabalhos, o movimento natural e social de nosso “viver juntos” como: “lugar de querer viver juntos”.
(Olivio Guedes)

A exposição Kaos Urbano 08.08.08 representa uma retomada para Francisco Zorzete. Tendo trabalhado com bi e tridimensional anteriormente, o artista encontrou o que procurava com uma de suas telas em 1990. Como naquele momento tinha outras prioridades, deixou a pintura guardada durante um longo intervalo para pesquisas, e agora dá continuidade a esse trabalho.
Tendo a cidade como principal fonte de inspiração, Zorzete acredita que a paisagem urbana seja tema recorrente em suas obras porque é nela que tudo acontece. Sua vida, seu trabalho, relacionamentos e lutas estão inseridos nessa paisagem. É seu meio ambiente e sua forma de intervir nele.
Nesta exposição, o artista usará um espaço interno, conseqüentemente mais contemplativo, porém uma das obras estará exposta no jardim do lado de fora, podendo ser vista por todos os que passarem na rua, e de certa forma intervindo no próprio cenário urbano.
A vontade de participar na composição da paisagem também vem de seu trabalho como restaurador. Zorzete apaixonou-se pela preservação quando passou a estudar as obras que compunham esse acervo de arte ao ar livre. Descobriu a arte já existente, boa parte acadêmica, outras vezes moderna e contemporânea, mas ainda assim existem “buracos” a serem ocupados por novas obras.
Para compor seus trabalhos, tem utilizado acrílico sobre tela, pois o material aceita um gesto mais rápido, seca mais rápido, e permite ao artista impor uma velocidade ao trabalho, tanto na realização como no resultado formal final. Sobre a opção de trabalhar principalmente com as cores primárias, Zorzete conta que foi especialmente influenciado por Mondrian, pelos construtivistas e concretos.
“Acho que essa exposição é uma vontade pessoal de expor um trabalho que retomei depois de muito tempo parado, que até agora está comigo e com as pessoas mais íntimas. Gosto da idéia de colocá-lo pra a sociedade”, diz o artista. Quanto aos planos para o futuro, ele permanece aberto a convites para novas exibições.